"Quando o amor de Deus obtém a vontade da alma, produz nela um insaciável desejo de trabalhar pelo Amado." São João Crisóstomo

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vem, Espírito Santo!

 
"Espírito Santo, vem! Desce sobre cada um de nós e ilumina os nossos corações. Consola os que sofrem, dá paz aos perturbados. Enche-nos e inunda-nos com o dom da caridade, da verdade, de união. Purifica-nos e molda-nos. Faz-nos dignos de caminhar na Tua luz. Mostra-nos o esplendor da Tua face. Espírito, amor de Deus derrama sobre nós a plenitude do Teu amor!"

A imaturidade no amor

Texto retirado do livro "A Maturidade", de Rafael L. Cifuentes.
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"Hoje, considera-se a satisfação sexual autocentrada como a expressão mais importante do amor. Não o entendia assim o pensamento clássico, que considerava o amor da mãe pelos filhos como o paradigma de todos os tipos de amor: o amor que prefere o bem da pessoa amada ao próprio. Este conceito, perpassando os séculos, permitiu que até um pensador como Hegel, que tem pouco de cristão, afirmasse que “a verdadeira essência do amor consiste em esquecer-se no outro”.
Bem diferente é o conceito de amor que se cultua em nossa época. Parece que se retrocedeu a uma espécie de adolescência da humanidade, onde o que mais conta é o prazer. Este fenômeno tem inúmeras manifestações.
Referir-nos-emos apenas a algumas delas:
- Edifica-se a vida sentimental sobre uma base pouco sólida: confunde-se amor com namoricos, atração sexual com enamoramento profundo. Todos conhecemos algum “Don Juan”: um mestre na arte de conquistar e um fracassado à hora da abnegação que todo amor exige. Incapazes de um amor maduro, essas pessoas nunca chegam a assimilar aquilo que afirmava Montesquieu: “É mais fácil conquistar do que manter a conquista”.
- Diviniza-se o amor: “A pessoa imatura – escreve Enrique Rojas – idealiza a vida afetiva e axalta o amor conjugal como algo extraordinário e maravilhoso. Isto constitui um erro, porque não aprofunda a análise. O amor é uma tarefa esforçada de melhora pessoal durante a qual se burilam os defeitos próprios e os que afetam o outro cônjuge[...]. A pessoa imatura converte o outro num absoluto. Isto costuma pagar-se caro. É natural que ao longo do namoro exista um deslumbramento que impede de reparar na realidade, fenômeno que Ortega y Gasset designou por "doença da atenção", mas também é verdade que o difícil convívio diário coloca cada qual no seu lugar; a verdade aflora sem máscaras, e, à medida que se desenvolve a vida ordinária, vai se aparecendo a imagem real”.
- No imaturo, o amor fica “cristalizado”, como diz Stendhal, nessa fase de deslumbramento, e não se aprofunda na “versão real” que o convívio conjugal vai desvendando. Quando o amor é profundo, as divergências que se descobrem acabam por superar-se; quando é superficial, por ser imaturo, provocam conflitos e frequentemente, rupturas.
- A pessoa afetivamente imatura desconhece que os sentimentos não são estáticos, mas dinâmicos. São suscetíveis de melhora e devem ser cultivados no viver quotidiano. São como plantas delicadas que precisam ser regadas diariamente. “O amor inteligente exige o cuidado dos detalhes pequenos e uma alta porcentagem de artesanato pisicológico” - Enrique Rojas.
A pessoa consciente, madura, sabe que o amor se constroi dia após dia, lutando por corrigir defeitos, contornar dificuldades, evitar atritos e manifestar sempre afeição e carinho.
- Os imaturos querem antes receber do que dar. Quem é imaturo quer que todos sejam como uma peça integrante da máquina da sua felicidade. Ama somente para que os outros o realizem. Amar, para ele, é uma forma de satisfazer uma necessidade afetiva, sexual, ou uma forma de auto-afirmação. O amor acaba por tornar-se uma espécie de “grude” que prende os outros ao próprio “eu” para completá-lo ou engrandecê-lo.
Mas esse amor, que não deixa de ser uma forma transferida de egoísmo, desemboca em frustração. Procura cada vez mais atrair os outros para si e os outros vão, progressivamente, afastando-se dele. Acaba abandonado por todos, porque ninguém quer submeter-se ao seu pegajoso egocentrismo; ninguém quer ser apenas um instrumento da felicidade alheia.
Os sentimentos são um caminho de ida e volta; deve haver reciprocidade. A pessoa imatura acaba sempre queixando-se da solidão que ela mesma provocou por falta de espírito de renúncia. A nossa sociedade esqueceu quase tudo sobre o que é o amor. Como diz Enrique Rojas: “Não há felicidade se não há amor e não há amor sem renúncia. Um segmento essencial da afetividade está tecido de sacrifício. Algo que não está na moda, que não é popular, mas que acaba por ser fundamental”.

Fonte: A Maturidade, de Rafael Llano Cifuentes, Editora Quadrante, São Paulo 2003.

Oração à Mãezinha do Céu


Nossa Senhora, Mãe de Deus, cheia de graça, Tu és a glória da nossa natureza humana, onde recebemos os dons de Deus. Tu és o ser mais poderoso que existe, depois da Santíssima Trindade, a Medianeira de todos nós ao mediador que é Cristo, Tu és a ponte que liga a terra eo céu misterioso, são a chave que abre as portas do Paraíso, nosso advogado, nosso intercessor. Tu és a Mãe d'Aquele que é misericordioso e mais a maioria dos bons. Deixe nossas almas se tornam dignos de um dia para o direito do seu único Filho, Jesus Cristo. Amém!

O AUXÍLIO DOS SANTOS ANJOS

Gente!
Quanto tempo sem vir aqui...
Deu saudades!
Recomendo a vocês um blog excelente: http://freifrancisco.blogspot.com
Encontramos de tudo por lá!
Colocando aqui um post maravilhoso, que vale a pena repassar!


"O Papa Bento XVI disse que: “Eliminaríamos uma parte do Evangelho se deixássemos fora esses seres enviados por Deus, que anunciaram sua presença entre nós e que são um sinal dela”. E pediu a intercessão dos anjos “para que nos sustenham no empenho de seguir Jesus até nos identificarmos com Ele” (Zenit.org, março 2009).

A Bíblia e a Tradição da Igreja mostram amplamente que os anjos têm participação ativa na história da salvação dos homens, nos momentos em que Deus quer.

“Não são eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão de herdar a salvação?”, pergunta o autor da Carta aos Hebreus, capítulo1, versículo 14.

E nisso crê e isso ensina a Igreja; sabemos que é tarefa desses seres celestes bons a proteção dos homens e a sua salvação. Diz o Salmo: “Mandou aos seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te levarão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra” (Sl 90/91,11-12).

O próprio Jesus, falando das crianças e recomendando que não se lhes desse escândalo, faz referência aos “seus anjos” (cf. Mt 18,10). Ele atribui também aos anjos a função de testemunhas no supremo juízo divino sobre a sorte de quem reconheceu ou negou Cristo: “Todo aquele que se declarar por Mim diante dos homens, também o Filho do Homem se declarará por ele diante dos anjos de Deus. Aquele, porém, que Me tiver negado diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12,8-9; cf. Ap 3,5).

Se os esses seres celestes tomam parte no juízo de Deus, logo, estão interessados pela vida do homem. Isso se pode ver também no discurso escatológico em que Jesus os faz intervir em Sua vinda definitiva no fim da história (cf. Mt 24,31; 25,31-41).

Muitas vezes, a Bíblia fala da ação dos anjos pela defesa do homem e sua salvação: o Anjo de Deus liberta os Apóstolos da prisão (cf. At 5,18-20) e antes de tudo Pedro, que estava ameaçado de morte por parte de Herodes (cf. At 12, 15-10). Guia a atividade deste a respeito do centurião Cornélio, o primeiro pagão convertido (cf. At 10,3-8. 12-13), e a atividade do diácono Filipe no caminho de Jerusalém para Gaza (cf. At 8,26-29).

Foi um anjo que encontrou Agar no deserto (cf. Gn 16); os anjos tiraram Lot de Sodoma; assim como foi um anjo que anunciou a Gedeão que devia salvar o seu povo; um anjo anunciou o nascimento de Sansão (cf. Jz 13); e o anjo Gabriel instruiu a Daniel (cf. 8,16). Este mesmo anjo anunciou o nascimento de São João Batista e a encarnação de Jesus; esses seres enviados por Deus também anunciaram a mensagem aos pastores (cf. Lc 2,9) e a missão mais gloriosa de todas, a de fortalecer o Rei dos Anjos em Sua Agonia no Horto das Oliveiras (cf. Lc 22, 43).

Os anjos estão presentes na história da humanidade desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); são eles que fecham o paraíso terrestre (cf. Gn 3, 24); seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (cf. Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (cf. At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (cf. Ex 23, 20-23); eles anunciam nascimentos célebres (cf. Jz 13); indicam vocações importantes (cf. Jz 6, 11-24; cf. Is 6,6); são eles que assistem aos profetas (cf. 1 Rs 19,5).

Da mesma forma que os anjos acompanharam a vida de Jesus, acompanharam também a vida da Igreja, beneficiando-a com a sua ajuda poderosa e misteriosa (cf. At 5, 18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). Eles abrem as portas da prisão (cf. At 5, 19); encorajam Paulo (cf. At 27,23 s); levam Filipe ao carro do etíope (cf. At 8,26s), entre outros.

A Igreja confessa a sua fé nos anjos da guarda, venerando-os na liturgia com uma festa própria e recomendando o recurso à sua proteção com uma oração freqüente, como na invocação do “Anjo de Deus”. São Basílio Magno, doutor da Igreja, escreveu: “Cada fiel tem ao seu lado um anjo como tutor e pastor, para o levar à vida” (cf. 5. Basilius, Adv. Eunonium, III, 1; cf.Sto. Tomas, Summa Theol. 1, q. II, a.3).

São Jerônimo, doutor da Igreja, afirmou que: "A dignidade de uma alma é tão grande, que cada um tem um anjo guardião desde seu nascimento".

A Igreja honra com culto litúrgico três anjos. O primeiro é Miguel Arcanjo (cf. Dn 10,13-20; Ap 12,7; Jd 9). O seu nome exprime a atitude essencial dos espíritos bons. “Mica-El” significa, de fato: “Quem como Deus?”. O segundo é Gabriel: figura ligada sobretudo ao mistério da encarnação do Filho de Deus (cf. Lc 1,19-26). O seu nome significa: “O meu poder é Deus” ou “poder de Deus”. O terceiro arcanjo chama-se Rafael. “Rafa-El” significa: “Deus cura”; o conhecemos pela história de Tobias (cf. Tb 12,15-20), entre outros.

O famoso Bossuet dizia que: "Os anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer também diante de Deus os nossos pensamentos... Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos".

Os santos todos foram devotos desses seres celestes. Os anjos assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos, prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus. São eles que protegem Jesus na infância (cf. Mt 1, 20; 2, 13.19); são eles que O servem no deserto (cf. Mc 1, 12); e O reconfortam na agonia mortal (cf. Lc 22, 43); eles poderiam salvar o Senhor das mãos dos malfeitores se assim Cristo quisesse (cf. Mt 26, 53).

Toda a vida de Jesus Cristo foi cercada da adoração e do serviço dos anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles O acompanharam. A Sagrada Escritura diz que quando Deus "introduziu o Primogênito no mundo afirmou: "Adorem-no todos os Anjos de Deus" (cf. Hb 1, 6). Alguns teólogos acham que isso motivou a queda dos anjos maus, por não aceitarem adorar a Deus Encarnado na forma humana. 
A Igreja continua a repetir o canto de louvor que eles entoaram quando Jesus nasceu: "Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina" (cf. Lc 2, 14).

A Bíblia não só os apresenta como nossos guardiães, mas também como nossos intercessores. O anjo Rafael diz: "Ofereci orações ao Senhor por ti" (Tob 12, 12). "A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus" (Ap 8,4).

Santo Ambrósio, doutor da Igreja, declarou: "Devemos rezar aos anjos que nos são dados como guardiães" (De Viduis, IX); (cf. S. Agostinho, Contra Fausto, XX, 21).

A Igreja acredita que, no dia do batismo, cada cristão é confiado a um anjo que o acompanha e o guarda em sua caminhada para Deus, iluminando-o e inspirando-o.

Na Festa do Anjo da Guarda (2 de outubro), a Igreja põe diante dos nossos olhos o texto do Êxodo que diz:

"Assim diz o Senhor: Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões e nele está o meu nome. Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuzeus, e eu os exterminareis" (Ex 23,20-23).

Além de tudo isso, a Bíblia frequentemente mostra os poderes dos anjos na natureza, e afirma São Jerônimo que eles manifestam a onipotência de Deus (cf. S. Jerônimo, En Mich., VI, 1, 2; P. L., IV, col. 1206)."